Monday, October 13

Still...

"There's still one or two of us walking the street,
no arrows of direction painted under our feet,
no angels to warn us away from the heat,
and no honey to keep us where it is sweet."

Tuesday, February 5

Transit


A temporary stay of passengers in a intermediary transport station.
The intermediary space, the passage from a state to another.

Tuesday, May 8

Sim, foi por mim que gritei.
Declamei,
Atirei frases em volta.
Cego de angústia e de revolta.

Foi em meu nome que fiz,
A carvão, a sangue, a giz,
Sátiras e epigramas nas paredes
Que não vi serem necessárias e vós vedes.

Foi quando compreendi
Que nada me dariam do infinito que pedi,
-Que ergui mais alto o meu grito
E pedi mais infinito!

Eu, o meu eu rico de baixas e grandezas,
Eis a razão das épi trági-cómicas empresas
Que, sem rumo,
Levantei com sarcasmo, sonho, fumo...

O que buscava
Era, como qualquer, ter o que desejava.
Febres de Mais. ânsias de Altura e Abismo,
Tinham raízes banalíssimas de egoísmo.

Que só por me ser vedado
Sair deste meu ser formal e condenado,
Erigi contra os céus o meu imenso Engano
De tentar o ultra-humano, eu que sou tão humano!

Senhor meu Deus em que não creio!
Nu a teus pés, abro o meu seio
Procurei fugir de mim,
Mas sei que sou meu exclusivo fim.

Sofro, assim, pelo que sou,
Sofro por este chão que aos pés se me pegou,
Sofro por não poder fugir.
Sofro por ter prazer em me acusar e me exibir!

Senhor meu Deus em que não creio, porque és minha criação!
(Deus, para mim, sou eu chegado à perfeição...)
Senhor dá-me o poder de estar calado,
Quieto, maniatado, iluminado.

Se os gestos e as palavras que sonhei,
Nunca os usei nem usarei,
Se nada do que levo a efeito vale,
Que eu me não mova! que eu não fale!

Ah! também sei que, trabalhando só por mim,
Era por um de nós. E assim,
Neste meu vão assalto a nem sei que felicidade,
Lutava um homem pela humanidade.

Mas o meu sonho megalómano é maior
Do que a própria imensa dor
De compreender como é egoísta
A minha máxima conquista...

Senhor! que nunca mais meus versos ávidos e impuros
Me rasguem! e meus lábios cerrarão como dois muros,
E o meu Silêncio, como incenso, atingir-te-á,
E sobre mim de novo descerá...

Sim, descerá da tua mão compadecida,
Meu Deus em que não creio! e porá fim à minha vida.
E uma terra sem flor e uma pedra sem nome
Saciarão a minha fome.


Poema do silêncio
José Régio

Addictions....


I had the feeling that while i kept the monsters, as my last entry in the blog, they would stay in my life, not giving me rest... hurting me... eating me slowly... coming at nights... staying during the days... and even if the sun was big and bright outside... my smile was not... and the moon was my goddess, and the night its temple, and the pain the refuge where I never felt safe...


But deep inside i could not believe it... it could not be... so i left them there... and as in a vicious circle... the monsters stayed and stayed... in my blog as in my life...

Thursday, February 15


Thursday, February 8

Rolling mind

A dois dias de acabar o estágio I9Contacto... um misto de medos, vontades e ansiedades, interpela-me incessantemente as horas em que me perco... entre a investigação de ONGs de ambiente, e sistemas de gestão de resíduos e abastecimento de água na Grécia (para os relatórios que tenho que entregar AMANHÃ!!!), e a procura desorientada de oportunidades ou projectos… num qualquer país ou lugar onde sinta que encaixe e encontre resposta a este amanhã sem local ou hora marcada...

Regressada de Barcelona, de um fim de semana de mimos, e com as viagens a UK, Suécia, Dinamarca e Grécia à porta, sinto com surpresa um desconforto desconhecido de partir. Nunca antes alguma viagem me angustiou assim... Dou por mim sem a vontade de avançar para o unknown, dar aquele salto mortal no escuro do futuro... em vez disso, ora sou invadida por vontades repentinas de salvar o mundo, ou ataques de pessimismo que me afundam e afogam em desespero e desilusão.

Ontem descobri algo que me fez sorrir:



Quem me conhece sabe que o sorriso instintivo e imediato foi largo, e do extremo dos olhos à ponta dos cabelos! :)
Mas um olhar mais atento fez-me hesitar de novo....
Caramba! Parece que comprei um bilhete promocional para a montanha russa.. e não faço ideia quando a viagem acaba! :S

confuso…? é… é assim que me sinto!

Monday, January 29

Nos bosques da Regaleira...

A Terra fica redimida, transformada num novo Sol

e apesar da neve e do frio...
...os sorrisos iluminam-se!

+ luz

Monday, January 22

Os sorrisos que me atravessaram a vida sei-os de cor, guardo-os na memória, vivem comigo, reflicto-os no meu…
E sou grata aos brilhos que me iluminam os dias!
Sem censuras!
A 1ª pedra é a mais difícil de atirar… armadura de consciência limpa… as que me caem aos pés, apanho-as, interpreto-as, perdoo-lhes a origem e guardo-as comigo…
Como ao Poeta… um dia ser-me-ão úteis!

Thursday, January 18

Monogamia: um tiro no próprio pé

Se um cachorro amarrado não foge, ninguém por isso o considerará um companheiro fiel.[1]
O processo natural de todo homem e toda mulher é o casamento, a constituição de uma família e a continuação da espécie. Poderia aceitar esse pensamento como verídico, plausível e cabível se talvez tivesse em mãos uma varinha de condão ou os poderes da feiticeira, da antiga série, Samantha. Como não tenho nenhum deles e, detesto, jogar a sujeira debaixo do tapete, procuro encarar a verdade mesmo que ela me doa e me faça rever meus conceitos, não o do outro, cutuco a ferida até entendê-la.
Casados há 15 anos, com três filhos, Maria e João vivem uma vida, aparentemente, equilibrada. Eles fazem as compras do mês juntos, buscam os filhos na escola e dividem as contas. João é fiel, mas gosta de aventuras. João ama Maria. João se auto-intitula "homem moderno, diferente e libertário". Enquanto que Maria acredita piamente na fidelidade do marido, de que nunca, em momento algum, desejou outra mulher senão ela e, pensar nisso, seria quase a morte. Mas João, que é um homem esperto, faz tudo na surdina que é pra não magoar Maria.
Esse é o típico exemplo da maioria dos casais monogâmicos existentes nesse mundo a fora. E os papéis podem ser invertidos, não, necessariamente, é sempre João quem pula a cerca. A mentira do amor monogâmico é apregoado nas igrejas, nas escolas, nas esquinas e no trabalho. Paradoxalmente, é audível em filas de supermercado, de padarias, de bancos, a conversa – desde o analfabeto até o mais intelectual – o orgulho, de muitos machos e fêmeas, das artimanhas acumuladas. Os homens "porque, de fato, merecem", as mulheres dizem e os homens, "porque elas pedem". E ficam ambos rindo, de peito estufados, cheios de si, por saborearem o prazer proibido.
Fica intrigante numa novela global, mas na realidade é patético! Tente ver de fora: duas pessoas cheias de vida, de energia, uma de frente pra outra jurando amor eterno. Eterno! Não é um contrato por dois anos, mas, sim, um contrato para o resto da vida.
"Ninguém, em seu juízo perfeito, falará de amor quando um homem possui uma mulher de pés e mãos amarrados e indefesa. Nenhum homem decente ficará orgulhoso com o amor de uma mulher que ele compra com alimentação ou influência de poder. Nenhum homem correto tomará um amor que não for dado voluntariamente. A moral forçada do dever conjugal e da autoridade familiar é uma moral de covardes tementes da vida e de impotentes incapazes de conseguir pela força natural do amor aquilo que pretendem conseguir por intermédio da polícia e do direito conjugal", já dizia outro grande sábio desse mundo conturbado, o psicanalista alemão Wilhelm Reich.
Família e monogamia são embustes da chamada "civilização moderna" para um status coordenado pelo poder patriarcal ditador. É, justamente, na base da socidade – a família – onde se concentram e aplicam o medo, a culpa e a repressão de todas as maneiras. Pais fingem para os filhos enquanto estes, desde pequenos, aprimoram suas próprias maneiras teatrais de se representarem e reagirem dentro da sociedade.
João e Maria seriam muito mais coerentes e apaixonados, pela vida e um pelo o outro, se reconhecessem suas fraquezas mais primitivas e erros. Sim, todos nós erramos e deveríamos aceitar de bom grado e pedir desculpas. E os filhos, pequenos ou adolescentes, não deveriam ser usados como escudo ou desculpa por um fracasso. Todos nós fracassamos e recomeçamos. Carl Gustav Jung, psicanalista suiço, descreve: "De início era paixão, depois se tornou obrigação e por fim vem a ser um peso insuportável, uma espécie de vampiro a sugar a vida de seu criador". Não deveria ser assim. Mas ainda temos o livre arbítrio e a oportunidade do agora. É justamente essa segunda chance que a vida nos proporciona todos os dias, a de renovar, jogar fora lixos, pintar a casa, mudar de cidade, de guarda-roupa, cortar o cabelo, amar novamente, pôr o ponto final, fazer um caminho de ida ou de volta, totalmente, diferente do habitual.
Se queremos, verdadeiramente, constituirmos uma sociedade justa, igualitária, saudável e construtriva precisamos tirar as máscaras e assumir que somos humanos, com desejos primitivos, controláveis ou não, isso é individual, mas de opiniões e atitudes transparentes, verdadeiras e honestas.
Notas1. REICH, Wilhelm. A revolução sexual. Tradução: Ary Blaustein. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 2ª edição, 1974.

Texto de Cristina Livramento Jornalista e escritora radicada em Campo Grande. Especialista em assuntos da carne.

Tuesday, January 9

27 estrelinhas...
milhares de brilhos!
Obrigada! :)

Thursday, December 21

Moments, faces, places... hearts connected, smiles reflected!

Rainbows in my greek life!!! :)

































































Love you! :)